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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

JOANNA CADENAS

( VENEZUELA )

 

Caracas – Venezuela (1970)

 Directora General de Creación y Producción de Saberes en UNEARTE. UNEARTE. Caracas, Distrito Federal, Venezuela. 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  -  TEXTOS EM PORTUGUÊS


AMANECIERON DE BALA – Panorama actual de la joven poesía venezolana. ANTOLOGIA.  Caracas: El perro y la rana , 2007.  306 p. ISBN: 978-980-396-832-8
Exemplar biblioteca de Antonio Miranda

 

    Animalia

no está permitido
comer con alegría las migas del suelo
pacer
a la orilla agitando la cola para espantar las moscas
rumiar con decencia
atravesar volando de cuerpo entero la montaña
en busca de amistades

y si embargo



Árbol de vida
                            a Paula Teresa       

       que cada quien viva su vida como pueda
que bajen los dioses a pactar tolerancia
se embriaguen
olviden tanta briga añeja
se preparem a dar la bienvenida a los titanes
disfrazados los unos de los otros
miedo y mentira
hagan el amor otra vez
para que los hombres que nazcan en las ciudades
que funden  
sobre las cenizas de aquellas que destruyen
tengan la medida del cuerpo
la fina inteligencia
la pasión a prueba
el gusto sencillo por respirar frente al mar
mientras el viento mece los cabellos


Thelxiope duda

     no sabemos
si las sirenas podrán volar esta noche
el espejo del suelo

es río turbio
sólo los barcos atraen sus gélidos cuerpos hacia         
la superficie

el mar despejado
nada se mueve
alas nadan

el viento anhela cantos
maldice y vela
entra en las aguas viajero a ras de vuelo no llega
la canción


TEXTOS EM PORTUGUÊS
TRADUÇÃO DE ANTONIO MIRANDA

                             Animalia

não está permitido
comer com alegria a farofa do solo
pastar
na margem agitando a linha para espantar as moscas
ruminar com decência
atravessar voando de corpo inteiro a montanha
em busca de amizades

e no entanto



Árvore da vida

a Paula Teresa

       que cada um viva sua vida como possa
que baixem os deuses a pactar tolerância
se embriaguem
esqueçam tanta briga antiga
se preparem a dar a bem-vinda aos titãs
disfarçados unos com os outros
medo e mentira
façam o amor outra vez
para que os homens que nascem nas cidades
que fundem 
sobre as cinzas daquelas que destroem
tenham a medida do corpo
a fina inteligência
a paixão à  prova
o gosto simples por respirar frente ao mar
enquanto o vento balance os cabelos


Thelxiope dúvida

não sabemos
se as sereias poderão voar esta noche
o espelho do solo

o rio nublado
apenas os barcos atraem seus gélidos corpos até        
a superfície

o mar despejado
nada se move
asas nadam

o vento anseia cantos
maldiz e vela
entra nas águas viajantes  a ras de voo não chega
a canção

 

 

 

 

 

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Página publicada em agosto de 2024 

 

 

 
 
 
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